Começamos maio, celebrando São José Operário, Patrono dos trabalhadores e dos desempregados. Em tempos difíceis, marcados pelo desemprego, pela carestia e pela desigualdade social, evocamos a proteção e a inspiração do “Carpinteiro de Nazaré” para que, com políticas eficientes e eficazes, ampliemos os postos de trabalho e defendamos a dignidade do trabalho e do trabalhador/a, salvaguardando os seus direitos e conquistas trabalhistas e a sustentabilidade do planeta, nossa casa comum.
Este mês é piedosamente celebrado, em nossas comunidades, como o “Mês de Maria”. Nosso olhar se volta para a Mãe de Deus e nossa, Rainha do céu e da terra. Com coroações, rezas como as do Terço, do Ofício da Imaculada e com cânticos devocionais... expressamos nossa confiança naquela que, qual Mãe celestial, nos protege, orienta e nos inspira, à luz da fé, para o seguimento de seu Filho Jesus e bom cumprimento dos Planos de Deus.
Vivemos, a partir deste mês, novo processo com a diminuição das incidências e mortes causadas pela covid-19. Ainda sob os efeitos da pandemia, mas com menor contágio e virulência desse vírus, vamos retomando para, além das celebrações, também com os encontros e reuniões presenciais, próprias do dinamismo evangelizador e pastoral vivido em comunidades. Saudamos esse novo tempo, bastante promissor, sonhando, para muito breve, tempos de maior erradicação da presença desse vírus e de suas consequências danosas às nossas famílias, comunidades e sociedade.
A dor é grande com as perdas humanas de familiares, amigos e conhecidos. O olhar pra frente, nos faz ver que até o presente momento, fomos preservados e, em razão disso, certos de que, no mistério da vida, Deus nos confia uma missão maior. Digamos “Sim”, revestidos de confiança, esperança e determinação em trabalhar, movidos pela fé, para o bem das pessoas e por um mundo melhor.
Nossa Igreja vive um tempo sinodal de escuta, convocada pelo Papa Francisco. Somos chamados a “caminhar juntos” em comunhão, participação e missão. Chamados a ouvir os apelos do Espírito Santo, através do que Ele, em suas moções, diz ao Povo de Deus.
Queremos ser Igreja que na fidelidade ao Jesus Cristo e a seu evangelho, empenha-se em viver o discipulado missionário e em ser misericordiosa e servidora, com portas abertas para acolher e ir ao encontro, a começar dos mais afastados. Uma Igreja comprometida com a evangelização, com a vida, a justiça e a paz, a partir dos pobres. Uma Igreja que no tempo e na história, sinaliza para a salvação, para o Reino definitivo.
Não negamos as dificuldades, mas seguimos em frente. É Páscoa, Jesus está vivo e caminha com seu povo. Renovemos nossas esperanças. O tempo é agora.
Pe. Marcelo Moreira Santiago