O rei Davi, na primeira leitura, chora a morte de seu filho Absalão, mesmo que, àquele momento, este atentasse contra a sua vida. A angústia, o vazio e a dor que tomaram conta dele ao saber da morte do filho, e também dos que o acompanhavam, traduz a dor diante dos conflitos, divisões e perdas em família que assistimos aos nossos dias. Peçamos a Deus serenidade, discernimento e perseverança para buscarmos a conversão e sermos, a partir de nossas famílias, presença amorosa do Senhor em favor de todos. A missão começa em casa, começa em família.
No evangelho, vemos como a fé é capaz de realizar coisas extraordinárias. Movida pela fé no poder de Jesus, uma mulher que sofria, há doze anos, com uma hemorragia, toca a veste de Jesus e fica curada. Depois Jesus, acolhendo um pedido de Jairo, um dos chefes da Sinagoga, vai ao encontro de sua filha, já morta, fazendo-a reviver. Os sinais que realiza Jesus revelam quem Ele é – o Messias, aquele que veio trazer vida, libertação e salvação. É crendo que seremos salvos, libertados das escravidões maiores, a saber: da morte e do pecado. Senhor, temos fé, mas aumenta a nossa fé.
Tenho sido presença iluminadora na família que Deus me confiou? Sou instrumento de briga, de conflito ou de comunhão, serviço e doação em família? Confio em Deus, tenho verdadeira fé como o evangelho me ensina?
Ó Deus, Senhor da vida, aumentai a minha fé para que eu possa adorar-te de todo o coração e amar, a partir de minha família, meus irmãos e irmãs, com verdadeira entrega e caridade. Amém.
Padre Marcelo Santiago