Celebramos hoje, na liturgia da Igreja, a memória de São Brás, Bispo e Mártir. Ele nasceu em Sebaste, na Armênia (Turquia), próximo ao ano 300 d.C. Era médico, mas depois convertido à fé, procurou servir a Deus vivendo vida eremita e, posteriormente, foi feito bispo daquela região. Em tempos ainda da perseguição aos cristãos, pelo Império Romano, ele foi preso e condenado à morte. Foi decapitado, ou seja, cortaram-lhe a cabeça. Morreu Mártir, entregando sua vida no testemunho de Jesus Cristo e de sua Igreja. Conta-se que no caminho do martírio socorreu uma mãe desesperada cujo filho estava quase morto com um espinho encravado na garganta, curando-o.
Benção da Garganta: Por intercessão de São Brás, Bispo e Mártir, livre-te Deus do mal da garganta e de qualquer outra doença. Em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo. Amém.
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Na primeira leitura, vemos o rei Davi, já próximo de sua morte, reunir seus filhos para ditar-lhes suas últimas vontades e pronunciar sobre eles a sua bênção final. Apesar de seus muitos erros e pecados, Davi, confiando na misericórdia divina e buscando a conversão, seguiu nos caminhos do Senhor. Agora, reunido com os seus filhos, a partir de Salomão que o sucederá, os conclama, qual testamento último, a cumprirem, com fidelidade, a Aliança do Senhor. Também nós, diante desta leitura, somos exortados à boa conduta; a observar, fielmente, os preceitos de Deus e a buscar, permanentemente, a conversão de vida.
No evangelho, Jesus chamou os doze apóstolos e os enviou em missão. Pelo Batismo, somos enviados em missão. As orientações de Jesus, dadas a eles, devem, igualmente, ser acolhidas por nós e assim nos orientar na missão: não levar ou ajuntar muitas coisas, mas confiar na generosidade do povo; ficar na casa de quem os acolher, mas abandonar, sem lamentações, as daqueles que não os receberem; pregar a conversão, expulsar os males (os demônios) e curar os doentes e contentar-se com o necessário, ou seja, com o essencial para a vida. Em outras palavras, viver a missão na perspectiva de uma Igreja pobre e servidora, desprendida dos bens terrenos, cuja verdadeira riqueza seja o próprio Deus. Uma Igreja para os pobres, ou seja, para os que esperam e confiam no Senhor.
Procuro observar, como convém, os mandamentos de Deus? Sou pronto em dizer “sim” à missão que Deus me confia? Como tenho vivido a dimensão missionária da fé?
Senhor, meu Deus, dá-me a graça de confiar em Ti e não nas “seguranças” deste mundo. Quero ser instrumento do teu Amor e do poder de Tua graça. Afasta de mim a tentação de pôr a segurança de minha vida e o êxito de minhas ações nas coisas deste mundo. Que eu me abra a Ti, Senhor, com um coração sempre mais desprendido e livre. Amém.
Padre Marcelo Santiago