Perdão e reconciliação!
Palavras fortes no contexto atual, aliás ouso dizer, que são Palavras fortes em qualquer contexto histórico e em qualquer vida humana posta no chão deste mundo.
Não se trata basicamente sobre aquilo que nos faz o outro ou aquilo que fazemos a outrem, mas antes, trata-se sobre aquilo que sendo ruim e nocivo às nossas vidas e à vida do outro deixamos brotar em nossos corações e transformamos em ações negativas, daí nascem as violências diversas que praticamos contra o outro e os outros contra nós, e todos juntos contra a humanidade.
Um amigo, filho desta nossa família Paroquial, Wandinho, um dia conversando comigo instigou-me ao conhecimento de uma atitude interessante: a “comunicação não-violenta”, que faz parte de um processo maravilhoso que vem ganhando cada vez mais corpo e adeptos nos processos judiciais, evitando assim a complexa judicialização dos atos e o prolongamento dos conflitos dentro do judiciário, e com isso dentro da sociedade, falo da mediação dos conflitos, que se antecipa à forma tradicional de resolução de demandas via esfera judicial.
Mediar conflitos, em síntese, significa aprender a sentar e conversar, já que antes das más atitudes não gostamos muito de refletir.
Nesse espaço de nossa reflexão, obviamente, seria impossível tratar sobre esse aspecto da comunicação não-violenta que evita conflitos e da mediação dos mesmos quando já instaurados, mas acredito piamente que Jesus já havia se antecipado a essa causa como encontramos no Evangelho de hoje.
Que significa isso então?
Queremos dizer a você caro irmão, cara irmã, que se há em nós uma motivação interior para a guerra, há uma superior, racional, perfeita para se evitar conflitos: o diálogo. Podemos exercê-la em todos os ambientes da vida humana, passando pela família, pelo trabalho, pela vida na comunidade eclesial, enfim, por todos os espaços sociais onde houver a presença humana.
Melhor seria não haver adversários, mas se houver, busquemos o perdão e a reconciliação para que nenhum tribunal venha julgar-nos em virtude de nosso destempero.
Se anterior e interiormente soubermos observar as situações, buscarmos compreender os sentimentos e necessidades do outro, incluindo o que o mesmo tenta nos comunicar, e se soubermos no mesmo diapasão expressar nossos pedidos/desejos, estaremos dando passos importantes para instaurarmos a comunicação não-violenta e motivá-la entre nós.
Sejamos corajosos e tentemos!!!
A solução de muitos conflitos está presente aí.
Pe. Jean Lúcio de Souza
Vigário Paroquial – Paróquia Sagrado Coração de Jesus – Mariana/MG