Hoje a Igreja celebra a festa de São Tomé. O nome deste apóstolo está muitas vezes associado à falta de fé. Mas, na verdade, ele nos ajuda a confiar mais no Senhor e a colocar n´Ele nossa esperança.
A liturgia deste dia nos convida já na primeira leitura, através do convite de São Paulo, a perceber que somos família e construção de Deus.
Como família, estamos unidos em Jesus Cristo para o louvor e glória de Deus Pai pela ação do Espírito Santo. Devemos perceber este nosso parentesco na fé, não somos estrangeiros, nem migrantes pois somos todos concidadãos dos santos. Ou seja, somos todos irmãos nesta grande família que é a Igreja.
Já como construção, temos uma base sólida que é o próprio Jesus Cristo. Os profetas e apóstolos são parte da estrutura da Igreja. Fazemos parte de uma comunidade que tem uma identidade, uma história e uma organização que são firmes. Firmes não pelas nossas forças humanas, mas porque a pedra angular, que sustenta e dá o arremate de toda estrutura é o próprio Filho de Deus encarnado.
No episódio narrado pelo Evangelho de hoje, Tomé é apresentado como aquele que não estava com a comunidade quando os Senhor ressuscitado apareceu. Ele representa tantos de nós que perdemos a oportunidade de encontrar com o Deus em nossas celebrações dominicais. Quem não está reunido com a comunidade ou nem mesmo se esforça por viver esta comunhão com a Igreja, não faz a experiência do encontro vivo e total com o Senhor.
Mas Jesus sempre aparece no encontro da comunidade. Tomé estava lá nesta outra vez. O mestre pede que ele toque e experimente que Ele ressuscitou. O apóstolo, diante de tudo isso, faz esta belíssima profissão de fé: meu Senhor e meu Deus!
Depois disso, Nosso Senhor se refere a todos os que creram sem terem visto como bem-aventurados. Estas palavras nos dão a certeza de que Ele conhece nosso coração e que somos felizes por nossa fé.
Questões: Duvido da presença de Deus vivo e ressuscitado no meio da comunidade? Reconheço as consequências de fazer parte de uma Igreja que é família e construção de Deus?
Pe. Thiago José Gomes