- Ele foi brilhante advogado na juventude e, posteriormente, presbítero e bispo. Fundou a Congregação do Santíssimo Redentor – os Redentoristas – destinado à evangelização dos pobres em forma de missões e retiros. Tornou-se o apóstolo do culto à Eucaristia e à Virgem Maria. Festejando sua memória, proponhamo-nos ser sempre fieis testemunhas de Cristo, apesar das oposições.
- A primeira leitura, tirada do livro do Levítico, refere-se ao ciclo litúrgico das diversas festas anuais em Jerusalém. Elas são vistas como assembleia do povo, na presença do Deus. A sua digna celebração deve levar os indivíduos a sair da autossuficiência, inserindo-os numa vida comunitária. Faz o povo reviver as maravilhas operadas por Deus na sua história e o afasta das coisas materiais e quotidianas para o introduzir na graça de Deus.
Entre as festas, a páscoa ocupa um lugar especial. O Senhor que todos os anos oferece os frutos da terra e os animais, é o mesmo que manifestou o seu poder salvador para libertar Israel. As festas cristãs inspiram-se nas festas hebraicas, mas enriquecidas com o novo conteúdo cristão. Elas nos tornam livres para darmos tempo ao Senhor, para estarmos mais unidos a Ele na oração, no louvor, na exultação, e fazem-nos mais disponíveis para com os outros. Todas as solenidades da Igreja estão ligadas ao Mistério Pascal, para evidenciar que Cristo é centro, princípio e fim de toda a realidade.
- No Evangelho de hoje vemos a apresentação "oficial" de Jesus na sinagoga da sua terra. Ela redunda em completo fracasso. Após o assombro inicial, os seus conterrâneos se interrogam sobre a identidade de Jesus. A frase mais significativa é: “estavam escandalizados por causa dele” (v. 57). O Evangelho nos introduz, deste modo, no mistério de Jesus. A atitude dos nazarenos é significativa de todos aqueles que procuram compreender Jesus, partindo unicamente do que pode saber-se sobre Ele, ou seja, é da nossa terra, filho do carpinteiro, conhecemos a sua família, estudou na nossa sinagoga... Jesus foi incompreendido e desprezado, tal como o foram os profetas... O mesmo sucederá com os seus discípulos. Paulo falará do escândalo da cruz (Mc 14, 27.29; 1 Cor 1, 23). A sorte dos profetas, de Jesus, dos discípulos é sempre a mesma: ser recusados, ser objeto de desprezo, de perseguição e, muitas vezes, de morte violenta.
- Para refletir: Tenho gosto em celebrar, com a comunidade, as festas litúrgicas e devocionais, propostas pela Igreja? ... Elas têm alimentado em mim a intimidade com Deus e a vida comunitária? ... Os habitantes de Nazaré se admiram da sabedoria de Jesus e dos milagres que realiza, mas se mostram preconceituosos contra Ele. Isso acontece comigo, como em relação aos meus irmãos e irmãs? ... O que a Palavra de Deus pede de mim hoje? ...
Oração
Senhor, me faz compreender a importância do trabalho
como meio para a subsistência, para a realização pessoal
e como meio de participação na tua obra da criação.
Mas me faz também compreender a importância do descanso e da festa,
para me encontrar, mais intimamente, contigo e com os meus irmãos e irmãs. Que jamais me deixe escravizar pelo trabalho,
mas que eu viva na liberdade e na alegria,
para estar em comunhão contigo e construir relações fraternas
com todos os meus irmãos e irmãs.
Amém.
Peça hoje a graça da conversão: “Que eu Te escute, Senhor, e me converta a Ti” (Jr 26, 3).
Pe. Marcelo Moreira Santiago
Primeira sexta-feira do mês, dedicada ao Sagrado Coração de Jesus.
Sagrado Coração de Jesus, nós temos confiança em Vós!