RETIRO DO ADVENTO E NATAL 2025. 16 de dezembro. Terça-feira da 3ª Semana do Advento.

Leituras: Sf 3,1-2.9-13; Sl 33; Mt 21,28-32.

“Prostitutas e publicanos creram nele” (Mt 21,32)

Graça a pedir:

Senhor, dá-me a alegria do teu Evangelho. Que eu não seja

surdo ao teu chamado, mas pronto e diligente para

acolher o Messias que vem para nos salvar.

EVANGELHO DE JESUS CRISTO SEGUNDO SÃO MATEUS

21,28-32

- Faça silêncio interior, ajeite-se do melhor modo para viver esse momento de oração. Concentre tua atenção à Palavra de Deus. Nada te perturbe.

- Após rezar ao Espírito Santo, faça o sinal da cruz e leia, com atenção e fé, o Evangelho proposto para a nossa reflexão hoje. Se preciso for, leia-o mais uma vez, ruminando a Palavra de Deus ...

1. Imaginando a cena bíblica:

- Como no dia de ontem, imagine-se dentro do Templo de Jerusalém.

• Veja as pessoas: o grupo composto por Jesus e seus discípulos e o dos anciãos, sacerdotes, escribas e fariseus.

- Relembre a polêmica sobre a autoridade de Jesus e sua resposta aludindo a João Batista, cujo batismo vem de Deus.

- Jesus conta a parábola dos filhos enviados pelo pai a trabalhar na vinha.

• Um disse que não queria ir, mas foi. O outro disse que ia, mas não foi.

- Os chefes do Templo respondem corretamente quando perguntados: “Quem fez a vontade do Pai” (Mt 21,31).

• Jesus aplica o sentido da parábola a seus interlocutores, identificando-os como aqueles que falam da vontade de Deus, mas não a cumprem.
• Ao passo que as prostitutas e publicanos, ao dar atenção à mensagem do Batista, cumprem com aquilo que Deus quer.

2. Meditando a Palavra de Deus:

- As controvérsias no Templo continuam e Jesus apela por uma parábola.

- Como em geral acontece a parábola envolve os ouvintes. Os chefes dos sacerdotes e anciãos do Templo veem o ensinamento da parábola envolvê-los.

• O filho que diz que vai e não foi e, portanto, não fez a vontade do Pai, são eles.

- João Batista, no seu caminho de justiça, convidou e envolveu prostitutas e publicanos, tidos como pecadores públicos, enquanto a elite do Templo, tida como santa e pura, não reconheceu a João Batista.

• Eles não o acolheram, não se converteram e ainda perseguiram o profeta.

- Os dirigentes do Templo dão a Jesus o mesmo tratamento, a perseguição e, finalmente, a morte na cruz.

- Repare nas reações dos interlocutores de Jesus ao ouvir a parábola.

• Certamente experimentaram uma sensação de incômodo por terem sido desmascarados em suas intenções.

- Repare em Jesus.

• Seu desejo não é vencer o adversário, mas abrir seus interlocutores a um caminho de conversão e mudança de vida.
• Para isso Ele não deixa de falar com firmeza.

 - Para refletir: Que tipo de filho sou ele, acolho a voz do Pai e procuro fazer a sua vontade? Que rebeldias ainda trago? Em que esse Evangelho chama a minha atenção? ...

• Converse com Jesus, abra o seu coração a Ele, escute o que Ele tem a lhe dizer ...

3. Rezando a partir da Palavra de Deus:

Pai,

quero ser para ti um filho

que escuta a tua Palavra

e se esforça para cumpri-la com sinceridade.

Que a minha resposta a teu apelo

não seja pura formalidade.

Dai-me a graça de ser obediente, em tudo, a Ti

e, diante de minhas fragilidades,

concede-me a graça do arrependimento.

Que eu possa viver, com autenticidade,

a minha fé.

Minha alegria seja em tudo

fazer a tua santa vontade.

Amém.

4. Contemplando a Palavra de Deus na vida:

- A Parábola dos dois filhos, encontrada em Mateus 21, 28-32, é uma das histórias mais profundas que Jesus contou para ilustrar a importância da obediência e do arrependimento.

• Nesta parábola, Jesus desafia as atitudes superficiais e destaca a verdadeira obediência ao Pai Celestial, oferecendo uma reflexão que permanece relevante para os cristãos hoje.

- Esta parábola é narrada por Jesus durante seu ministério em Jerusalém, pouco antes de sua paixão.

• O contexto é crucial: Jesus está confrontando os líderes religiosos da época, os fariseus e os sacerdotes, que se consideravam justos, mas frequentemente rejeitavam a vontade de Deus.

- Mateus apresenta a história de um pai que pede a seus dois filhos que trabalhem na vinha.

• O primeiro filho inicialmente recusa, mas depois se arrepende e vai; o segundo filho concorda em ir, mas não cumpre sua palavra.

- Historicamente, a vinha simboliza o povo de Israel (Isaías 5,1-7), e o trabalho na vinha representa a obediência à vontade de Deus.

• Jesus usa essa parábola para ilustrar que a verdadeira obediência não está nas palavras, mas nas ações e no arrependimento genuíno.

- Para os cristãos contemporâneos, a Parábola dos dois filhos é um chamado à autenticidade na fé.

• Não basta dizer que seguimos a Deus; é necessário viver essa fé em ações concretas.
• Muitas vezes, podemos nos identificar com o segundo filho, que promete, mas não cumpre. Jesus nos convida a refletir sobre nossa coerência entre palavras e atitudes.

- Além disso, a parábola nos lembra que nunca é tarde para mudar.

• O primeiro filho, inicialmente, recusou, mas depois obedeceu. Isso mostra que o arrependimento e a obediência verdadeira são sempre possíveis, independentemente do passado.

- Finalmente, a parábola nos desafia a não julgar os outros pela aparência externa, mas a valorizar a transformação interior e a obediência genuína a Deus...

Importante:

- Permaneça em silêncio por alguns instantes. Agradeça a Deus por esse encontro. Lembre-se que você é um filho/a de Deus e Ele sempre lhe confia uma missão. O que Ele o tem pedido nesse tempo? Qual tem sido a sua resposta?...

• Reze espontaneamente, concluindo sua oração. Relembre o que mais tocou seu coração ...
• Não deixe de registrar em seu coração e mente esse momento ou mesmo em seu diário espiritual.

Pe. Marcelo Moreira Santiago