Leituras: Is 7,10-14; Sl 23; Rm 1,1-7; Mt 1,18-24.
“Ó sol nascente justiceiro, resplendor da Luz eterna:
Oh, vinde iluminai os que jazem entre as trevas e
Na sombra do pecado e da morte estão sentados”.
- A notícia boa deste domingo é que Deus veio e vem caminhar com a humanidade, oferecendo uma proposta de vida nova e comunicando, de várias maneiras, seu plano de amor.
- Contemplemos a “noite escura de José” e nela as nossas noites escuras, iluminadas pela Palavra de Deus, Luz para o nosso caminho.
Graça a pedir:
Senhor, que eu seja sensível aos seus “sinais”,
como José, para ser notícia boa no mundo
e colaborar com o Projeto de Deus.
EVANGELHO DE JESUS CRISTO SEGUNDO
SÃO MATEUS 1,18-24
- Esteja atento/a à Palavra de Deus. Leia-a, especialmente o Evangelho, sem pressa e com fé e amor. É Deus que fala a você, não perca esta oportunidade de ouvir a voz de Deus...
- Faça o sinal da cruz para iniciar a sua oração e reze ao Espírito Santo, para ter melhor discernimento e receber os seus dons e frutos...
- Depois de escutar Deus que fala a seu povo, fala a você, entre na cena bíblica:
- O “justo e obediente” José (Mt 1,19.24), fiel à lei, é parceiro de Deus no cumprimento do plano divino para a salvação de todos nós.
- e é ao humilde artesão José a quem Deus recorre para auxiliá-lo, pois é certo que José passou pela experiência da “noite escura”: angústia, provação, dúvida, sofrimento ante o silêncio de Deus.
- Esse Deus que tudo pode é também um Deus sinodal, ou seja, que conta com a nossa participação nos seus projetos.
- Eis o convite feito a todos nós: acolher a Palavra proposta, que é Jesus, o menino-Deus Salvador, Palavra viva do Pai, e deixar-se transformar por esta Palavra viva.
- Para refletir: Como José, procuro ser justo e obediente? Acolho, com entrega de vida, o chamado e a missão que Deus me confere? Em que ou em quem coloco a minha confiança e esperança? Até onde sou disponível para colaborar com Deus? Quais são as minhas “noites escuras” e quais sinais me revelam a comunicação de Deus? ...
Senhor,
Nós Te louvamos pelas promessas
feitas ao teu povo, à Casa de Davi.
Tu abriste-nos o espírito:
da casa de tijolos orientaste-nos para esta casa
de pedras vivas, cuja fundação e lar
é Jesus.
Nós Te pedimos pela tua Casa,
que é a tua Igreja,
na multidão das suas comunidades:
que ela manifeste a presença
do Emanuel.
Nós Te damos glória, Deus nosso Pai,
pela graça e pela paz,
pelo apelo de Ti recebido,
pela Boa Nova do teu Filho,
pela sua ressurreição de entre os mortos
e pelo teu Espírito que santifica.
Nós Te suplicamos por todas as nações pagãs:
que o teu Nome seja honrado um dia
em todas as línguas da terra.
Nós Te damos graças
pela vinda misteriosa de Jesus à nossa humanidade,
como Filho de Davi.
Nós Te louvamos pela ação do teu Espírito
em Maria,
por esta nova criação,
aurora de uma nova humanidade.
Nós Te pedimos pelas tuas comunidades:
que elas acolham e partilhem a vida nova
recebida pela comunicação do teu Filho, Jesus.
Amém.
- Pouco tempo depois da celebração dos esponsais, José percebe que Maria espera um filho.
- No entanto, José não está ciente desse fato; apenas tem conhecimento que a gravidez de Maria aconteceu sem a sua intervenção.
- Enquanto considera essa solução, José recebe, em sonhos, a visita do mensageiro de Deus que lhe coloca a par dos projetos de Deus.
- O grande objetivo de Mateus parece ser, com este relato, fazer uma apresentação de Jesus.
- Por outro lado, o fato de José, um homem da descendência de Davi, acolher Jesus como seu filho (a “paternidade” de José fica clara no fato de ser ele a dar o nome ao Menino), liga Jesus à família de Davi e sugere que Ele é o enviado de Deus para efetivar as promessas outrora feitas por Javé ao Seu povo através dos profetas (2Sm 7,11-16; Is 7,10-16).
- Para além disso, a “catequese” de Mateus também se refere ao papel que o Menino nascido de Maria terá no Projeto de Deus.
- No Menino que vai nascer está o Deus que vem ao nosso encontro (o “Deus conosco” – Is 7,14), o Deus que desce ao nosso nível para abraçar a nossa humanidade, para reabilitar o “barro” de que somos feitos, para caminhar ao nosso lado e para ficar conosco “até ao fim dos tempos” (Mt 28,20).
- Uma palavra final para essa figura discreta, silenciosa, simples, generosa, humana, “justa” que é José.
- Importante:
Pe. Marcelo Moreira Santiago